
Kate Nash, que estourou há três anos quando tinha só 19 anos, fez sua fama em cima de uma onda hype no MySpace , lançando então seu disco: Made Of Bricks. De volta agora, finalmente, lança seu novo disco: My Best Friend is You. Nash passou esse tempo todo ao redor do mundo, excursionando por conta própria e juntou-se à banda Receeders. Seu novo álbum, segundo ela afirma, reflete esse crescimento. O álbum soa muito mais agressivo e menos extravagante, talvez em parte, pela influência do produtor Bernard Butler, ex Suede. Sem dúvida, este novo disco marca uma transição, um amadurecimento; ele não deixou de lado o sentimento rebelde e fogoso, como seu cabelo ruivo, mas passou de uma desconfiada e debochada visão pós adolescente para uma visão objetiva de mulher; crescimento rápido, mas necessário para quem estourou na música cedo e pretende não ser uma bolha do “my space”. Ela compõe e toca piano, guitarra, baixo e bateria, por isso seu som soa idiossincrático; a participação do experiente e ex-famoso Bernard Butler na produção, deu concisão, mas não tirou a personalidade do disco. Todo regado ao acentuado sotaque característico de Nash, o disco tem deliciosas citações de girl groups dos anos 60 como “Kiss That Grrrl", o lado folk “You Were So Far Away", uma crueza quase punk em faixas como "I've Got a Secret" e "I Just Love You More" e ousadia como o spoken words que abre a faixa Mansion Song. Fechando o disco, ainda uma faixa que explica esse momento e o título: "I Hate Seagulls", sobre admitir que se está apaixonado por alguém. É uma lista de fluxo de consciência de coisas que ela odeia (gaivotas, estar doente, queimar o dedo na torradeira; lêndeas) contrapondo com o que ela gosta (chá com creme, ler, "sua mão na minha"). “É basicamente afirmar que detestamos as coisas sem sentido que nos fazem engolir e que eu odeio, mas fica tudo bem, quando eu amo alguém e eles me amam de volta." - resume Kate.
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