
Com pouca roupa e muita disposição, Lily Allen abriu sua segunda passagem pelo Brasil com um show em São Paulo na noite desta quarta-feira (16). Vestindo uma camiseta, um short curto e tênis nos pés, a cantora inglesa abriu o show pouco após as 22h com “Everyone´s at it”, uma das primeiras músicas a serem divulgadas de seu novo álbum, “It's not me, it's you”. A cantora se apresenta no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (17).
Pulando de um lado para o outro e sorrindo bastante, Allen parecia à vontade no palco e com sua banda de apoio – teclado, baixo, bateria e guitarra. Ao fundo, seu nome estava escrito em um letreiro, e ela tomava algum líquido por um canudinho em um copo de plástico nos intervalos – quando também tragava um “cigarro eletrônico” para contornar a lei estadual antifumo.
“Esse foi o melhor começo de show da minha vida”, disse após a terceira faixa do show, “Never gonna happen”. Na maquiagem, além do batom roxo (ou lilás, dependendo do ângulo), um detalhe com as cores da bandeira do Brasil saltava ao lado do olho.
Na plateia, boa parte dos quatro mil fãs gritavam a cada comentário de Lily, que também não pareceu se intimidar com o público um pouco esparso – era possível ver vários espaços vazios no Via Funchal. Pela metade do show, depois de tocar “Oh my God” do Kaiser Chiefs e “Everything’s just wonderful”, a cantora tirou sua blusa, revelando por baixo dela uma regata preta, com as costas à mostra.
No lugar das influências de ska jamaicano que marcaram seu primeiro álbum e sua primeira apresentação errática em 2007 no Brasil, a nova Lily traz um electro rock com músicas que beiram o synth pop dos anos 80. O show ainda tem espaço para um “momento jazzy”, nas palavras dela, com baladas mais açucaradas como “He wasn’t there” e “Littlest things”.
Quando chega a vez do ska, como em “Smile” (que ela abre pedindo sorrisos para a plateia), a música se transfigura no meio, virando um drum’n bass e voltando ao reggae enquanto Lily rebola de costas para o público.
“Vocês são incríveis pra c...”, diz, com um pano com bandeiras do Brasil estampadas na mão. A cantora volta à sensualidade na música seguinte, o hit “The fear”, em que ameaça mostrar os seios.
Para o bis, voltou ao palco descalça, cantando uma cover de “Womanizer”, hit de Britney Spears. Antes de começar “Fuck you”, dedica a música a George W. Bush, e os fãs concordam, cantando a letra com os punhos erguidos acompanhados do dedo médio em riste.
Fechando a noite, Lily pergunta se a platéia gosta de country antes de emendar “Not fair”, música em que brinca de ser Nancy Sinatra. Terminado o show, ela corre do palco, logo seguida pela banda. Saldo final: ingressos de até R$ 280 e show de uma hora e quinze minutos. O modelo fast food pode até funcionar, mas que deixa o público decepcionado e as casas de shows semi-vazias, isso deixa.
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